Em comunicado, o ministério adianta que o Exército, com a ajuda da população e aliados internacionais, realizou uma operação conjunta na zona de Ceel Gorof, no estado de Galmudug (centro), "matando 50 membros" da Al-Shebab.
Noutra operação planeada em cooperação com a Agência Nacional de Inteligência e Segurança e, novamente, com parceiros internacionais, o Exército matou 47 membros da Al-Shebab em Basra, na região sul de Lower Shabelle.
"O governo federal da Somália agradece à população local e aos amigos internacionais que contribuíram para esta operação bem-sucedida e erradicaram as redes (extremistas) que planeavam ataques contra a população", acrescentou o Ministério da Informação sobre as operações, que não puderam ser confirmadas por fontes independentes.
Na passada sexta -feira, o Exército da Somália anunciou a morte de outros 100 membros do grupo fundamentalista numa operação no centro do país, no qual também foi recuperado o controlo de várias cidades.
A confirmação do controlo de várias cidades, foi feita também hoje em Mogadíscio pelo porta-voz do Ministério da Defesa.
Segundo o porta-voz, foram conquistadas várias cidades da região de Galgadud, no centro do país, após vários dias de combates com o Al-Shebab, designadamente a cidade de Wabho e as áreas de Ouarhole, Elbore e Elgorof, segundo a agência de notícias somali Sonna.
Os anúncios surgem após o duplo ataque, com engenhos explosivos improvisados, perpetradas em 29 de outubro contra o Ministério da Educação da capital somali, nas quais pelo menos 120 pessoas foram mortas e mais de 269 foram feridas.
O Presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, responsabilizou o Al-Shebab, ligada desde 2012 à Al-Qaida, pelo "ataque terrorista cruel e covarde".
A Somália aumentou as ofensivas contra o Al-Shebab nos últimos meses e chegou a banir o nome do grupo para se referir à organização, que mantém vínculos com a Al-Qaida e exigiu que fosse referido como 'jauarij', uma palavra que significa "seita desviante".
As ofensivas contra o Al-Shebab, que contam com o apoio de clãs e milícias locais, fazem parte de uma série de decisões adotadas pelo novo Presidente, Hasan Sheikh Mohamud, que prometeu ao assumir o cargo colocar a luta contra o terrorismo no centro dos seus esforços para estabilizar o país do Corno de África.
O grupo controla áreas rurais do centro e sul da Somália e também ataca países vizinhos, como o Quénia e a Etiópia.
A Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um governo eficaz e nas mãos de milícias e senhores da guerra islâmicos.
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