Poucas horas depois de ser anunciada, esta sexta-feira, a retirada das tropas russas da região de Kherson, os ucranianos festejaram nas ruas aquele que é, de acordo com o presidente do país, Volodymyr Zelensky, "um dia histórico".
Para além das celebrações na cidade, que também a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, fez questão de partilhar, as redes sociais foram 'inundadas' de apoio e comemorações.
Mas, nas redes sociais, há também uma imagem que já foi partilhada não só pelos civis, como também pelas Forças Armadas da Ucrânia - e mesmo pelo primeiro-ministro do país, Denys Shmyhal. Seja um emoji, uma montagem ou um desenho, várias personalidades aparecem com melancias.
#НовеФотоПрофілю pic.twitter.com/32T0R1vLoH
— Denys Shmyhal (@Denys_Shmyhal) November 11, 2022
De acordo com a BBC Sounds, as imagens da fruta não foram partilhadas hoje ao acaso, já que a maioria das melancias na Ucrânia serão plantadas naquela zona, de onde terão saído cerca de 30 mil militares.
Happy Kherson Liberation Day!
— Illia Ponomarenko 🇺🇦 (@IAPonomarenko) November 11, 2022
Os frutos eram, antes da guerra, de acordo com a rádio britânica, transportados através do rio Dnipro, que estava sob controlo russo desde o início do conflito - até hoje. Devido a esta presença, os produtores foram impossibilitados de transportar a fruta.
.@ZelenskyyUa: “Today is a historic day. We are returning the South of our country, #Kherson. Despite all the threats and repressions of the occupiers, #Ukrainians protected 🇺🇦flags and believed in Ukraine”#StandForFreedom pic.twitter.com/wgdA1gvLWb
— MFA of Ukraine 🇺🇦 (@MFA_Ukraine) November 11, 2022
Happy Kherson Liberation Day!
— Illia Ponomarenko 🇺🇦 (@IAPonomarenko) November 11, 2022
Segundo as publicações internacionais, as melancias já tinha 'invadido' as redes sociais com a possibilidade de Kherson vir a ser libertada, no entanto, houve agora uma grande partilha destes 'memes'.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.490 civis mortos e 9.972 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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