Coreia do Norte. EUA, Japão e Coreia do Sul vão responder a teste nuclear

Os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul prometeram hoje uma resposta "forte e firme" se a Coreia do Norte efetuar um novo teste nuclear, o primeiro desde 2017.

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Lusa
13/11/2022 15:18 ‧ 13/11/2022 por Lusa

Mundo

Coreia do Norte

Um teste nuclear da Coreia do Norte "seria recebido com uma resposta forte e firme da comunidade internacional", disseram os líderes dos três países num comunicado conjunto após uma reunião em Phnom Penh.

A declaração foi divulgada após o encontro em que participaram os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, e o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, à margem da cimeira da Ásia Oriental.

Na reunião, segundo o comunicado divulgado no 'site' da Casa Branca, "o Presidente Biden reiterou que o compromisso dos EUA de defender o Japão e a ROK [República da Coreia] é robusto e apoiado por toda a gama de capacidades, incluindo nucleares".

A possibilidade de um novo teste nuclear norte-coreano tem sido admitida por aliados ocidentais depois de Pyongyang ter realizado um número inusitado de testes com mísseis balísticos.

Esses testes intensificaram-se nas últimas semanas, em resposta a exercícios militares entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos na região.

Biden, Yoon e Kishida condenaram "veementemente o número sem precedentes de lançamentos de mísseis balísticos" da Coreia do Norte, considerando tratar-se de uma "grave ameaça para a paz e segurança na Península Coreana e não só".

Se a Coreia do Norte fizer um teste nuclear, os três países procurarão "colmatar as lacunas do regime de sanções internacionais" para assegurar a sua aplicação.

Biden reafirmou o compromisso de reforçar a dissuasão alargada ao Japão e à Coreia do Sul.

Os três líderes também reafirmaram o empenho na "desnuclearização completa da Península da Coreia, de acordo com as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas".

Apelaram a Pyongyang para que regresse às negociações, referindo que a "via do diálogo permanece aberta para uma resolução pacífica e diplomática".

Numa alusão à China, embora sem a referir, disseram opor-se "firmemente a qualquer tentativa unilateral de alterar o 'status quo' nas águas do Indo-Pacífico".

Essas tentativas incluem "reivindicações marítimas ilegais, militarização de características recuperadas, e atividades coercivas".

"Os líderes reiteraram o seu firme compromisso com o Estado de direito, incluindo a liberdade de navegação e de sobrevoo, em conformidade com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar", disseram.

Reafirmaram igualmente que "as suas posições básicas sobre Taiwan permanecem inalteradas", numa referência às reivindicações da China sobre a soberania da ilha.

Biden, Yoon e Kishida "reiteraram a importância de manter a paz e a estabilidade através do Estreito de Taiwan como um elemento indispensável de segurança e prosperidade na comunidade internacional", segundo o comunicado.

Comprometeram-se também a "lançar um diálogo entre os três governos sobre segurança económica" e a ajudar a região do Indo-Pacífico a recuperar da pandemia de covid-19.

Reafirmaram ainda a "urgência de enfrentar a crise climática", comprometendo-se a cooperar para "acelerar o crescimento da economia de energia limpa, evitar os impactos mais catastróficos das alterações climáticas, e ajudar os países de rendimento mais baixo e médio a construir resiliência aos impactos climáticos".

Leia Também: Joe Biden vai pressionar Xi Jinping sobre a Coreia do Norte

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