EUA oferecem recompensa de 9,7 milhões por informações sobre Al-Shebab

Os EUA subiram para 10 milhões de dólares (9,7 milhões de euros) a recompensa por informações que permitam identificar três líderes extremistas islâmicos do Al-Shebab na Somália, anunciou hoje em Nairobi a embaixada norte-americana.

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Lusa
14/11/2022 16:44 ‧ 14/11/2022 por Lusa

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Somália

"O Programa de Recompensas para a Justiça, do Departamento de Estado, aumenta a recompensa para até 10 milhões de dólares por informações que identifiquem ou localizem os principais líderes do Al-Shebab Ahmed Diriye, Mahad Karate e Jehad Mostafa", lê-se n comunicado, em que se acrescenta que a recompensa também se aplica a qualquer informação que "perturbe os mecanismos financeiros da Al-Shebab".

Trata-se da primeira vez que os Estados Unidos "oferecem uma recompensa por informações sobre as redes financeiras" da organização extremista islâmica somali, destaca-se no comunicado.

Ahmed Diriye é o líder do Al-Shebab, um grupo extremista islâmico ligado à Al-Qaida desde 2014, que conduz uma insurreição contra o governo federal há 15 anos para estabelecer a lei islâmica na Somália.

Mahad Karate é considerado o número dois do movimento, e Jehad Mostafa, cidadão norte-americano que residia na Califórnia, é apresentado como um dos principais instrutores militares, especifica a embaixada.

O anúncio ocorre no momento em que a Somália enfrenta um ressurgimento sangrento de ataques da Al-Shebab.

O mais recente, um ataque duplo com um carro-armadilhado na capital, Mogadíscio, em 30 de outubro, provocou 121 mortos e 333 feridos, segundo a ONU, que cita hoje os números apresentados pelo governo somali.

O número de mortos registado faz deste ataque o mais sangrento no país desde 2017.

Os ataques são realizados em resposta a uma ofensiva do exército somali, apoiado por milícias de clãs locais, que permitiu recuperar terreno à Al-Shebab no centro do país.

Os fundamentalistas islâmicos foram expulsos das principais cidades - incluindo a capital, Mogadíscio, em 2011 - mas permanecem firmemente estabelecidos em grandes áreas rurais.

Leia Também: ONU denuncia aumento de vítimas civis na Somália, com 613 mortes em 2022

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