De acordo com uma resolução aprovada hoje durante a sessão plenária em Estrasburgo, em França, os eurodeputados advertiram que a UE tem de ser o principal garante de segurança da Ucrânia, face a uma "aparente mudança" na posição geopolítica dos Estados Unidos, que aparentemente alinharam com a narrativa preconizada pela Rússia, país que invadiu o território ucraniano há mais de três anos.
Washington está a "culpar abertamente a Ucrânia pela guerra" e o Parlamento Europeu considera que o bloco comunitário e os 27 países que o compõem têm de se apresentar como os principais parceiros "estratégicos da Ucrânia" e "aumentar significativamente a tão necessária assistência ao país".
Em simultâneo, os europarlamentares exortaram -- na resolução que foi aprovada com 442 votos favoráveis, 98 contra e 126 abstenções -- que as garantias de segurança têm de ser concretas e reforçar as capacidades da Ucrânia para preservar a sua soberania no futuro.
O PE também se congratulou com o anúncio de que a Ucrânia aceitou a proposta, após mediação dos EUA, de um cessar-fogo de 30 dias, esperando que "a Rússia dê o seu acordo e o siga, pondo termo a ataques contra a população civil, infraestruturas e território" ucranianos.
Em consonância com esta posição, os europarlamentares também pediram a todos os países da UE que trabalhem de maneira célere no reforço da arquitetura de segurança do bloco político-económico.
Leia Também: Se Rússia rejeitar trégua? EUA garantiram "medidas fortes", diz Zelensky