A decisão de retomar a cooperação, interrompida no verão passado devido a tensões entre os dois países sobre Taiwan, foi tomada na sequência do encontro entre os presidentes norte-americano, Joe Biden, e chinês, Xi Jinping, realizado em Nusa Dua, na Indonésia, na véspera do início da cimeira do G20.
As duas grandes potências concordaram em retomar o trabalho tendo como pano de fundo os "desafios transnacionais", citando as alterações climáticas como o primeiro deles, indicou a Casa Branca num comunicado.
"Os dois líderes concordaram em pedir aos altos funcionários que mantenham a comunicação e aprofundem os esforços construtivos sobre essas e outras questões", acrescentou.
A cooperação entre os dois maiores emissores de dióxido de carbono do mundo, no entanto, foi crucial para alcançar o progresso em quase 30 anos de negociações climáticas sob a égide da ONU, em particular as que levaram ao histórico acordo de Paris, em 2015.
Mas as relações degradaram-se depois de, em agosto, a líder do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi, ter visitado oficialmente Taiwan e de os Estados Unidos terem proibido a venda de semicondutores ('chips') da mais avançada tecnologia para a China.
A China foi um dos principais atores no sucesso do acordo de Paris e tem também um papel crucial na COP27, que decorre no Egito, dada a dimensão da população (1.400 milhões de habitantes) e a força económica, que consome muitos recursos.
Xi Jinping já prometeu que a China atingirá o pico de emissões de carbono até 2030 e será neutra em carbono até 2060.
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