Mísseis russos atingiram a Polónia, país membro da NATO, esta terça-feira. A informação é avançada por um alto funcionário da inteligência dos EUA.
A imprensa polaca avança que há dois mortos a registar depois de um projétil ter atingido uma zona agrícola em Przewodów, uma vila polaca perto da fronteira com a Ucrânia.
O primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, terá convocado uma reunião de emergência do comitê para assuntos de segurança e defesa nacional, conforme avançou o porta-voz do governo, Piotr Müller, no Twitter.
Premier @MorawieckiM zwołał w trybie pilnym Komitet Rady Ministrów do spraw Bezpieczeństwa Narodowego i spraw Obronnych.
— Piotr Müller (@PiotrMuller) November 15, 2022
Apesar de Müller não ter mencionado o tema em discussão, os meios de comunicação locais avançam que a reunião de emergência se deve a uma "situação de crise" e deverá estar relacionada com a explosão na fronteira da Polónia com a Ucrânia.
️Polish media report the fall of missiles on the territory of Poland
— NEXTA (@nexta_tv) November 15, 2022
An explosion occurred at a grain drying plant in Przewodow (10 kilometers from the border with Ukraine). According to the fire service, two people were killed.
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Kurier Lubelski pic.twitter.com/R7jXW7SlHh
BREAKING:
— Visegrád 24 (@visegrad24) November 15, 2022
2 Russian stray missiles have just hit a farm in Przewodów on the Polish side of the Polish-Ukrainian border, killing 2 Poles.
Polish PM Morawiecki & President Duda have summoned a crisis meeting of the National Security Bureau.
NATO article 5? pic.twitter.com/sDSoGMO6xP
Recorde-se que, esta terça-feira, a Rússia bombardeou em massa várias cidades e instalações de energia da Ucrânia. Lviv, uma das cidades atingidas, está localizada perto do território polaco.
Recorde-se que a ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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