Letónia condena queda de mísseis russos na Polónia e pede reação

O ministro da Defesa da Letónia, Artis Pabriks, condenou hoje a queda de mísseis russos na Polónia, país membro da NATO, e defendeu que, como reação, seja implementado um escudo aéreo para a defesa da Ucrânia.

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© Oleg Nikishin/Getty Images

Lusa
15/11/2022 19:52 ‧ 15/11/2022 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"As minhas condolências aos nossos irmãos de armas polacos. O criminoso regime russo disparou mísseis que atingiram não apenas civis ucranianos, mas também atingiram o território NATO na Polónia. A Letónia apoia totalmente os amigos polacos e condena este crime", sublinhou Artis Pabriks.

O governante defendeu ainda que, como reação, deve ser implementada a defesa aérea do "espaço aéreo ucraniano".

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem insistido ao longo dos últimos meses nos pedidos de apoio para a instalação de um escudo aéreo destinado a impedir os ataques russos.

Um alto funcionário dos serviços de informações dos Estados Unidos disse hoje que mísseis russos caíram na Polónia, país membro da NATO, incidente que causou a morte a duas pessoas.

O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, convocou com urgência a Comissão de Segurança Nacional da Polónia após estes relatos, mas o porta-voz do Governo exortou os meios de comunicação a não publicarem "informações não confirmadas".

De acordo com órgãos de comunicação polacos, duas pessoas morreram hoje à tarde, depois de um projétil ter atingido uma zona agrícola em Przewodów, uma vila polaca perto da fronteira com a Ucrânia.

A polícia e o Exército já estão presentes no local, segundo os 'media', que noticiaram também que os bombeiros confirmaram a ocorrência de explosões naquela localidade, noticiou a agência Efe.

De acordo com a Força Aérea ucraniana, a Rússia disparou hoje sobre as infraestruturas de produção de energia elétrica de várias regiões ucranianas "cerca de" 100 mísseis, causando cortes de eletricidade, além de ter atingido igualmente zonas residenciais e feito pelo menos um morto na capital ucraniana, Kiev.

Mais de sete milhões de habitações da Ucrânia estão sem eletricidade após os novos bombardeamentos russos.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Pentágono vai investigar queda de mísseis russos em território da NATO

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