O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reagiu à queda de um míssil na Polónia, que matou duas pessoas, e apontou o dedo à Rússia.
"Hoje aconteceu o que avisamos por muito tempo. O terror não está confinado às nossas fronteiras estaduais. Mísseis russos atingiram a Polónia, em todo o território do nosso país amigo. Quantas vezes a Ucrânia disse que o terrorismo não será limitado? Polónia, Estados Bálticos... É uma questão de tempo até o terror russo seguir em frente", afirmou o líder ucraniano numa mensagem nas suas redes sociais.
O líder ucraniano considerou que o incidente é um "ataque à segurança coletiva" e uma "escalada muito significativa" no conflito.
"Quanto mais a Rússia sentir impunidade, mais ameaças haverá para qualquer um que esteja ao alcance dos mísseis russos. Para disparar mísseis em território da NATO. Este é um ataque de mísseis russos à segurança coletiva! Esta é uma escalada muito significativa. Devemos agir", referiu ainda.
Zelensky deixou ainda uma mensagem de solidariedade com o povo polaco. "Quero dizer a todos os nossos irmãos e irmãs polacos: A Ucrânia vai sempre apoiar-vos! O terror não libertará as pessoas! A vitória é possível quando não há medo! Não o temos", concluiu.
A imprensa polaca avança que há dois mortos a registar depois de um projétil ter atingido esta terça-feira uma zona agrícola em Przewodów, uma vila polaca perto da fronteira com a Ucrânia.
O primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, terá convocado uma reunião de emergência do comitê para assuntos de segurança e defesa nacional, conforme avançou o porta-voz do governo, Piotr Müller, no Twitter.
O Pentágono disse entretanto que ainda precisa de corroborar os relatos de mísseis que terão caído na Polónia, país membro da NATO, e reiterou a intenção de defender "cada centímetro" do território aliado.
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