O Irão está mergulhado numa série de protestos desde 16 de setembro, dia em que Mahsa Amini, uma jovem curda de 22 anos, foi morta após ter sido presa três dias antes pela Polícia da Moralidade por usar incorretamente o véu islâmico, manifestações que estão a ser duramente reprimidas pelas forças de segurança iranianas.
As autoridades iranianas denunciaram estes protestos como "motins" incentivados por países ocidentais, principalmente os Estados Unidos, inimigo do Irão, e centenas de pessoas foram detidas.
No domingo, um tribunal de Teerão já tinha condenado à morte uma pessoa considerada culpada de "incendiar um prédio do governo, perturbar a ordem pública, reunir e conspirar para cometer um crime contra a segurança nacional, ser inimigo de Deus e da corrupção na terra".
Cinco outras pessoas também foram condenadas entre cinco a 10 anos de prisão por "reunião e conspiração para cometer crimes contra a segurança nacional e perturbação da ordem pública".
No mesmo julgamento, o tribunal condenou à morte outra pessoa acusada de "aterrorizar pessoas na rua com uma arma branca, queimar a motocicleta de um cidadão e agredir um indivíduo com uma faca", informou a agência Mizan Online na noite de terça-feira.
Sendo o tribunal de primeira instância, os condenados podem recorrer, especifica aquele órgão.
Desde que os protestos eclodiram, os Estados Unidos e a União Europeia (UE) impuseram sanções adicionais ao Irão pelo seu tratamento brutal aos manifestantes e a sua decisão de enviar centenas de 'drones' à Rússia para a utilização na sua guerra na Ucrânia.
No sábado, Olaf Scholz, pediu novas sanções à escala da UE contra o Irão, em resposta à repressão das manifestações pacíficas.
Também esta segunda-feira, o Conselho de Direitos Humanos da ONU anunciou que realizará uma sessão especial a 24 deste mês para discutir "a deterioração dos direitos humanos e do Irão", na sequência de um pedido apresentado pela Alemanha e pela Islândia e aprovado por mais de um terço dos 47 países membros.
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