"Muito provavelmente, um foguete de fabrico russo dos anos 70 caiu em território polaco. Não temos provas de que tenha sido lançado pela Rússia. Há uma grande probabilidade de ter sido um míssil ucraniano", declarou Duda, citado pela agência polaca PAP.
Duda disse que a Polónia não vai invocar o artigo 4.º da NATO que prevê consultas entre aliados sempre que esteja ameaçada a "integridade territorial, a independência política ou a segurança" de qualquer Estado-membro da Aliança Atlântica.
O projétil, que Duda disse poder ser um míssil S300, caiu em território polaco junto à fronteira com a Ucrânia, na terça-feira, e matou dois agricultores.
A Polónia admitiu de imediato acionar o artigo da NATO sobre consultas entre aliados, mas essa intenção foi abandonada após uma reunião dos responsáveis pela defesa e segurança.
"A maioria das provas que recolhemos indica que talvez a ativação do artigo 4.º da NATO não seja necessária desta vez, mas este instrumento ainda está nas nossas mãos", disse o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, no final da reunião em Varsóvia.
Duda recordou que a Rússia disparou cerca de 100 mísseis contra a Ucrânia na terça-feira, incluindo na região próxima da fronteira com a Polónia.
"A Ucrânia defendeu-se, o que é obviamente compreensível, também através do disparo de mísseis, cujo objetivo era derrubar mísseis russos", disse Duda, segundo a PAP.
O chefe de Estado polaco disse que se trata de lidar com um "confronto muito grave causado pelo lado russo, tão grave como todo o conflito".
"O confronto de ontem [terça-feira] é certamente da responsabilidade do lado russo", acrescentou.
[Notícia atualizada às 12h17]
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