As investigações recaem sobre a presença de documentos confidenciais na residência do magnata Republicano na Florida, mas este procurador especial irá também supervisionar os principais aspetos de uma investigação separada que envolve a invasão do Capitólio em 06 de janeiro de 2021 e os esforços de Trump para anular os resultados das presidenciais de 2020, noticiou a agência Associated Press (AP).
A medida, divulgada apenas três dias depois de Trump ter anunciado formalmente a sua candidatura às presidenciais de 2024, é um reconhecimento das implicações políticas de duas investigações que envolvem não apenas um ex-presidente, mas também um atual candidato à Casa Branca.
Embora esta nomeação coloque um novo supervisor no topo das investigações, o procurador especial reportará a Garland, que tem a palavra final sobre se deve ou não apresentar acusações.
Um alto funcionário do Departamento de Justiça tinha divulgado hoje esta nomeação, mas não revelou a identidade do procurador especial.
Merrick Garland pode anunciar ainda hoje o nome deste procurador especial.
Representantes de Trump não responderam até agora aos pedidos de reação a esta nomeação.
Também não foi adiantada nenhuma razão para esta decisão ou para o momento em que acontece.
Garland tem defendido repetidamente o seu foco único nos factos, nas provas e na lei para as tomadas de decisões do Departamento de Justiça, além da sua determinação para restaurar a independência política da agência, após os anos conturbados da administração Trump.
Não parece haver também um conflito óbvio, ao contrário do que motivou a última nomeação de um procurador especial para lidar com as investigações relacionadas com Trump.
O Departamento de Justiça de Trump nomeou o ex-diretor do FBI Robert Mueller como conselheiro especial para liderar a investigação sobre uma possível coordenação entre a Rússia e a campanha presidencial de Trump em 2016.
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