"A nação iraniana e a comunidade internacional testemunharam, nos últimos dias, atos criminosos de um grupo de terroristas implacáveis contra cidadãos inocentes e forças de segurança em Izeh, Isfahan e Mashhad", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, citado pela agência oficial de notícias Irna.
"O silêncio deliberado dos estrangeiros, iniciadores do caos e da violência no Irão, face a operações terroristas [...] tem como consequência o encorajamento dos terroristas e o reforço do terrorismo no mundo", acusou o ministério, acrescentando que "é um dever da comunidade internacional [...] condenar os recentes atos terroristas no Irão".
Na quarta-feira, 10 pessoas, entre as quais uma mulher, duas crianças e um polícia, foram mortas em dois ataques separados em Izeh (sudoeste) e Isfahan (centro), segundo a imprensa e uma fonte hospitalar.
A comunicação social oficial iraniana atribuiu o ataque de Izeh a terroristas.
Em Mashhad (nordeste), dois paramilitares foram esfaqueados até à morte, na quinta-feira, quando, segundo a agência Irna, tentavam intervir contra "desordeiros".
As autoridades judiciais anunciaram hoje a prisão do alegado autor do ataque.
As críticas do Irão são avançadas numa altura em que o país enfrenta protestos generalizados provocados pela morte, em 16 de setembro, da jovem curda iraniana Mahsa Amini, depois de ter estado detida durante três dias pela chamada 'polícia da moral' por não usar apropriadamente o véu.
Teerão, que vê a maioria dessas manifestações como motins, acusa as forças estrangeiras de estarem por detrás deste movimento de protesto com o objetivo de desestabilizar a República Islâmica.
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