"A governação global em assuntos do clima ainda tem um longo caminho a percorrer", disse a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros Mao Ning, em conferência de imprensa.
Apontou, em particular, a "ausência de um roteiro claro" na prestação de apoio financeiro aos países em desenvolvimento, pelos países desenvolvidos, como factor que "não permite o estabelecimento de confiança mútua entre os [hemisférios] Norte e Sul".
"Os países desenvolvidos ainda não estão a cumprir com o seu compromisso de fornecer 100 mil milhões de dólares anualmente em apoio financeiro aos países em desenvolvimento, para combater o aquecimento global", disse a porta-voz.
A China atribui, no entanto, "grande importância a esta cimeira e apoia totalmente o Egito, que cumpriu com sucesso o seu papel como país anfitrião".
O país, o maior emissor de gases poluentes do mundo, rejeitou nesta cimeira deixar de ser considerado uma nação em desenvolvimento, apesar de ser há vários anos a segunda maior economia mundial.
Depois de negociações difíceis, que ultrapassaram o cronograma original, a COP27 terminou no domingo com um texto muito contestado sobre ajuda aos países pobres afetados pelas alterações climáticas, mas também com o fracasso em estabelecer novas ambições para a redução de emissão de gases com efeito estufa.
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