Os serviços secretos israelitas consideraram, esta segunda-feira, que os protestos no Irão não representam um "perigo real" para a sobrevivência do regime no país.
"Penso que os protestos já mudaram até um ponto em que estão a nível de uma revolta popular", explicou o chefe desta organização, citado pela Reuters.
"Quando se olha para alguns dos incidentes - mesmo a altura em que acontecem - , para os estragos para as instituições, os símbolos do Estado, para o número de vítimas, há algo diferente aqui que está a criar problemas ao regime", assumiu Aharon Haliva.
Apesar de o responsável dizer que por agora não vê um "perigo real" para o regime, deixa o alerta de que as "profecias, no contexto da condução das sociedades, não são algo que são da responsabilidade do chefe dos serviços secretos".
Os dois países têm uma relação diplomática sensível, no entanto, Israel tenta supervisionar os passos do Irão, tentando, nomeadamente, persuadir as grandes potências mundiais a meterem um travão no programa nuclear do Irão.
O descontentamento é mostrado meses depois da morte de Mahsa Amini, uma jovem que foi presa pelas autoridades morais depois de usar incorretamente o véu, tendo acabado por morrer.
A situação criou vários protestos por todo o país e no estrangeiro por forma a chamar a atenção para a forma como o Irão desrespeita os direitos das mulheres. Já outras pessoas morreram na sequência destas manifestações.
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