"O governo do Iraque rejeita completamente e expressa a sua forte condenação do bombardeamento iraniano com 'drones' (veículos aéreos não tripulados) e mísseis contra a região do Curdistão", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros, num comunicado.
As autoridades de Bagdade garantiram ainda que o seu "território não deve ser uma base utilizada para prejudicar os países vizinhos", de acordo com o comunicado.
O Irão voltou esta segunda-feira a bombardear grupos de oposição curda iraniana instalados no vizinho Curdistão iraquiano, matando um combatente destas fações, acusadas por Teerão de instigarem protestos no país.
Os ataques com mísseis e 'drones' aconteceram uma semana depois de Teerão ter realizado ataques semelhantes contra estes grupos, instalados há décadas na região autónoma do Curdistão, no norte do Iraque.
O Iraque também reiterou que "os repetidos ataques" do Irão e da Turquia no norte do país, onde estão localizadas fações curdas e partidos contrários a Teerão e Ancara, "representam uma violação da soberania do Iraque".
Já a 14 de novembro, bombardeamentos semelhantes contra grupos de oposição curdos iranianos causaram um morto e oito feridos no Curdistão iraquiano. Também tinham ocorrido ataques mortíferos a 28 de setembro.
As autoridades iranianas acusam estes grupos de oposição, há muito na sua mira, de instigarem a agitação no Irão, que enfrenta manifestações desde a morte, a 16 de Setembro, da jovem curda iraniano Mahsa Amini, detida pela polícia em Teerão.
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