A Rússia indicou que não quer mudar o governo da Ucrânia com a "operação militar especial" que está a realizar. Quem o disse foi o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, na segunda-feira.
"Não é, o presidente [Vladimir Putin] já falou sobre isso", respondeu Peskov, a um jornalista, que o questionou sobre se um dos objetivos da "operação militar" era a mudança do regime, refere a Sky News.
A estação de televisão recorda que, no início da guerra na Ucrânia, o país liderado por Vladimir Putin deixou claro que queria derrubar o governo ucraniano e instalar a própria liderança no país.
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 271.º dia, 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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