Dirigindo-se a uma delegação de 200 membros do Congresso Judaico Mundial, Francisco disse que a herança religiosa compartilhada de judeus e cristãos deve ser um incentivo para agir juntos pela fraternidade e pela paz.
Francisco classificou como sacrílega a guerra na Ucrânia, lembrando que ela "ameaça judeus e cristãos, privando-os dos seus entes queridos, das suas casas e das suas vidas", e salientando que este é um momento para congregar esforços ecuménicos a favor da paz.
Francisco recordou que desde o Concílio Vaticano II, organizações de judeus e de católicos têm procurado encontrar soluções em comum, dizendo que a visita da delegação do Congresso Judaico Mundial "testemunha e fortalece os laços de amizade" entre a Santa Sé e as comunidades judaicas.
O Papa sublinhou que judeus e cristãos não apenas professam fé num único Criador do céu e da terra, mas também "compartilham uma visão semelhante sobre as coisas finais, moldados pela confiança de que no caminho da vida não avançamos para o nada, mas para um encontro com o Altíssimo que cuida de nós".
Para o Papa, a herança religiosa que cristãos e judeus compartilham deve ser vista como "um incentivo para agir em conjunto" para "tornar o mundo mais fraterno, combatendo as formas de desigualdade e promovendo maior justiça, para que a paz não permaneça uma promessa de outro mundo, mas se torne uma realidade presente".
Por isso, Francisco admitiu que, enquanto o mundo continuar a ser marcado pela guerra, que reiterou ser uma "derrota para toda a humanidade", deve insistir-se nos esforços conjuntos para preparar o caminho para a paz.
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