Irão volta a realizar ataques com mísseis contra oposição curda no Iraque

O Irão voltou hoje a realizar ataques com mísseis e 'drones' no Iraque, visando a oposição curda iraniana, dois dias após bombardeamentos contra esses grupos acusados de distúrbios na República Islâmica.

Notícia

© ShutterStock

Lusa
22/11/2022 15:43 ‧ 22/11/2022 por Lusa

Mundo

Irão

O Governo iraniano acusa esses movimentos de incentivar as manifestações que agitam o Irão desde a morte da jovem curda iraniana Mahsa Amini, em setembro, após a sua prisão pela polícia de costumes, por não respeitar a indumentária feminina.

Na noite de domingo, disparos de mísseis e ataques de 'drones' realizados pela Guarda Revolucionária, o exército ideológico do Irão, tinham atingido já as bases de várias fações da oposição iraniana, matando uma pessoa.

Hoje, as forças terrestres da Guarda Revolucionária lançaram "uma nova série de ataques contra grupos terroristas" no Curdistão iraquiano, anunciou a agência de notícias iraniana Tasnim.

"A sede do grupo terrorista separatista PAK (Partido da Liberdade do Curdistão) foi alvo de mísseis e 'drones kamikazes'", informou a agência.

Em 14 de novembro, bombardeamentos iranianos semelhantes provocaram um morto e oito feridos no Curdistão iraquiano, tendo ocorrido também outros ataques mortais em 28 de setembro.

Os bombardeamentos iranianos ocorrem depois de no domingo a Turquia ter anunciado uma série de ataques aéreos contra posições curdas no norte do Iraque e na Síria, no âmbito da operação Garra de Espada.

Estabelecidos no Iraque desde a década de 1980, os movimentos curdos iranianos são classificados pelo Irão como "terroristas" e acusados de realizar ataques no seu território.

No entanto, depois de terem estado ativos como insurgentes durante um longo período de tempo, esses grupos -- ligados à extrema-esquerda - praticamente cessaram atividades militares.

Estes grupos denunciam a discriminação sofrida pela minoria curda no Irão (cerca de 10 milhões de uma população de 83 milhões), em particular a proibição de ensinar a sua língua nas escolas.

Leia Também: Parlamento Europeu assinala 70 anos de democracia e diversidade

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas