O Governo iraniano acusa esses movimentos de incentivar as manifestações que agitam o Irão desde a morte da jovem curda iraniana Mahsa Amini, em setembro, após a sua prisão pela polícia de costumes, por não respeitar a indumentária feminina.
Na noite de domingo, disparos de mísseis e ataques de 'drones' realizados pela Guarda Revolucionária, o exército ideológico do Irão, tinham atingido já as bases de várias fações da oposição iraniana, matando uma pessoa.
Hoje, as forças terrestres da Guarda Revolucionária lançaram "uma nova série de ataques contra grupos terroristas" no Curdistão iraquiano, anunciou a agência de notícias iraniana Tasnim.
"A sede do grupo terrorista separatista PAK (Partido da Liberdade do Curdistão) foi alvo de mísseis e 'drones kamikazes'", informou a agência.
Em 14 de novembro, bombardeamentos iranianos semelhantes provocaram um morto e oito feridos no Curdistão iraquiano, tendo ocorrido também outros ataques mortais em 28 de setembro.
Os bombardeamentos iranianos ocorrem depois de no domingo a Turquia ter anunciado uma série de ataques aéreos contra posições curdas no norte do Iraque e na Síria, no âmbito da operação Garra de Espada.
Estabelecidos no Iraque desde a década de 1980, os movimentos curdos iranianos são classificados pelo Irão como "terroristas" e acusados de realizar ataques no seu território.
No entanto, depois de terem estado ativos como insurgentes durante um longo período de tempo, esses grupos -- ligados à extrema-esquerda - praticamente cessaram atividades militares.
Estes grupos denunciam a discriminação sofrida pela minoria curda no Irão (cerca de 10 milhões de uma população de 83 milhões), em particular a proibição de ensinar a sua língua nas escolas.
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