O Supremo Tribunal dos Estados Unidos deu uma 'nega' ao antigo presidente norte-americano Donald Trump, que tinha pedido um bloqueio ao acesso às suas declarações de impostos, um tema delicado e muito debatido pelos críticos do antigo chefe de Estado, que foi um dos poucos na história recente dos Estados Unidos a não tornar públicos estes documentos. Foi o primeiro, aliás, desde Gerald Ford (1974-1977), a não o fazer.
Agora, no entanto, e graças à decisão do Supremo, os democratas da Câmara dos Representantes dos EUA podem pedir acesso a estes documentos, ainda antes de os republicanos tomarem a câmara baixa do Congresso dos EUA, em janeiro.
No início deste mês, o presidente do Supremo Tribunal norte-americano, John Roberts, bloqueou temporariamente o acesso do comité Ways and Means aos registos fiscais de Trump.
Os advogados do ex-presidente contestaram o pedido do comité, que tinha como base uma alegada necessidade da informação em questão para investigar a forma como as finanças conduzem os seus processos de auditoria a presidentes.
Por sua vez, a bancada democrata da Câmara, acompanhada por Joe Biden, instou o Supremo a rejeitar o pedido de Trump, argumentando que o acesso a estes documentos se baseia num propósito legislativo válido.
A luta pela divulgação das declarações fiscais de Trump remonta a 2019, quando o comité Ways and Means pediu acesso a estas informações, no âmbito de uma investigação sobre eventuais situações irregulares do antigo presidente.
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