Meloni indicou que se trata de "uma manobra corajosa", além de "coerente com os compromissos assumidos com o povo italiano", já que está comprometida com o futuro, segundo a agência de notícias AdnKronos.
A lei orçamental, que agora vai passar pelo escrutínio parlamentar e deve ser aprovada antes de 31 de dezembro, ajudará, de acordo com a primeira-ministra italiana, "os cidadãos de renda média e não os ricos".
A governante de extrema-direita explicou em conferência de imprensa que, dos 35.000 milhões, pelo menos 21.000 vão para o setor da energia no quadro do aumento de preços derivado da guerra na Ucrânia, noticiou o jornal Corriere della Sera.
Entre as medidas mais marcantes da lei está também o aumento das pensões mínimas de 523 para 600 euros, decisão que já tinha sido adiantada pelo vice-primeiro-ministro italiano, Antonio Tajani.
Prevê ainda um abono social para os rendimentos mais baixos que seriam utilizados para a aquisição de bens de primeira necessidade e que hoje é atribuído a pessoas com mais de 65 anos e a pais de crianças com menos de três anos com necessidades especiais, detalhou a AdnKronos.
No entanto, o Governo de Meloni anunciou que vai acabar com o Rendimento de Cidadania a partir de 2024, uma atribuição como subsídio aprovado pelo Movimento 5 Estrelas (M5S) em 2018 para pessoas em situação de exclusão social e desempregados.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), Itália vai entrar em recessão em 2023, depois de prever uma contração de 0,2% para o próximo ano.
O Governo, por sua vez, espera que a economia italiana encolha para uma taxa de crescimento de 0,6%, mais de dois pontos a menos do que em 2022.
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