"Compraz-nos ver que temos uma vontade forte e mútua de fortalecer a nossa cooperação. É óbvio que as sanções unilaterais impostas a Cuba durante anos fizeram com que as nossas relações estejam abaixo do seu verdadeiro potencial", declarou o chefe de Estado turco, depois de receber Díaz-Canel em Ancara.
Na sua conta oficial da rede social Twitter, Erdogan classificou a visita do Presidente cubano como "histórica" e afirmou que esta constituirá "um novo ponto de viragem" nas relações entre a Turquia e Cuba, especialmente destinadas a reforçar o comércio entre os dois países.
Assim, Erdogan e Díaz-Canel acordaram trabalhar para aumentar o volume comercial bilateral para 200 milhões de dólares (192 milhões de euros) em diversos setores, como o energético, a construção civil, o turismo e a agricultura, noticiou a agência Anatolia.
"Espero que, com o apoio do meu querido amigo, os investimentos das empresas turcas em Cuba aumentem ainda mais nos próximos tempos. Num momento em que a segurança alimentar está no topo da agenda global, continuaremos a fornecer o apoio técnico da TIKA (Agência Turca de Cooperação e Coordenação) a projetos na área do desenvolvimento agrícola em Cuba", disse Erdogan, segundo a mesma fonte.
O Presidente turco elogiou também o trabalho da companhia aérea Turkish Airlines, que realiza três voos por semana entre Istambul e Havana, avaliando igualmente de forma positiva o desenvolvimento em Cuba de vacinas nacionais contra o coronavírus SARS-CoV-2, causador da pandemia de covid-19.
Durante a sua visita, Díaz-Canel reuniu-se com membros do movimento de solidariedade com Cuba na Turquia, com quem partilhou as suas impressões sobre o embargo imposto pelos Estados Unidos ao seu país, de acordo com o 'site' de informação cubano Cubadebate.
O chefe de Estado cubano deslocou-se à Turquia como parte de um périplo que o levou primeiro à Argélia e à Rússia nos dias anteriores. Esta viagem oficial realiza-se no âmbito das celebrações do 70.º aniversário das relações turco-cubanas.
O Presidente cubano segue agora para a China, deslocação realizada a convite do seu homólogo chinês, Xi Jinping.
Leia Também: Erdogan insiste em nova invasão terrestre no norte da Síria