"Não será possível construir uma imagem positiva do país excluindo a nossa diáspora, não será viável e muito menos inclusivo o desenvolvimento económico da Guiné-Bissau sem a participação do capital humano e financeiro da nossa diáspora", afirmou Salomé Santos Allouche.
A secretária de Estado das Comunidades falava na sessão de abertura da conferência internacional da diáspora guineense, dedicada ao tema "Guiáspora -- A diáspora bissau-guineense enquanto ator de desenvolvimento", que decorre até sábado, numa unidade hoteleira em Bissau.
Segundo Allouche, o Governo tem tido uma diplomacia mais interventiva e conseguido "abrir representações diplomáticas e assinado importantes acordos de cooperação, que vão mudar a condição dos cidadãos no estrangeiro", nomeadamente através da prestação de um serviço público mais qualificado.
"Este é um exemplo dos esforços que tem sido empreendido pelo Governo para normalizar a situação da diáspora, criando facilidades na mobilidade, acesso à documentação e sobretudo na preservação da entidade cultural e dignidade de que tanto nos orgulhamos", disse.
Em relação à conferência, Salomé Santos Allouche salientou que deve servir para uma reflexão sobre como se pode rentabilizar a contribuição da diáspora para o desenvolvimento socioeconómico do país.
"Estamos aqui para ver essas oportunidades e juntos estreitar esses laços em todas essas dimensões, incluindo o intercâmbio académico, investimentos, canais financeiros mais fáceis e aproveitando o capital humano que existe", afirmou o representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na Guiné-Bissau, Tjark Egenhoff.
O objetivo da conferência, organizada pelo Governo guineense e a União Europeia, em conjunto com o PNUD, é analisar o papel da diáspora guineense no desenvolvimento sustentável da Guiné-Bissau.
Leia Também: Associações da oposição da Guiné-Conacri boicotam reunião com autoridades