Sobe para cinco o número de mortes confirmadas na sequência dos deslizamentos de terra na ilha italiana de Ischia, depois de terem sido recuperados mais quatro corpos este domingo, quase todos de crianças.
O corpo de uma menina de cinco ou seis anos foi encontrado no quarto de uma casa destruída pelo deslizamento, debaixo de um colchão, graças à ajuda dos cães socorristas.
Depois de as equipas de resgate terem cavado manualmente por algumas horas na área da Via Celario, foi descoberto o terceiro corpo, o de uma idosa, que também ainda não foi identificado.
Os cadáveres serão transferidos para a morgue do hospital Rizzoli.
A meio da tarde, foram encontradas mais duas crianças, uma delas recém-nascida, de acordo com o jornal italiano La Repubblica.
No sábado, já tinha sido anunciado o resgate do primeiro corpo, entretanto identificado. Corresponde a Eleonora Sirabella, de 31 anos, que vivia no local do desastre com o namorado, cujo paradeiro ainda é desconhecido.
Entretanto, as buscas prosseguem por terra, por mar e no ar. Esta manhã, um helicóptero HH139 da força aérea italiana realizou uma operação de busca e salvamento nas áreas afetadas pelo deslizamento, que resultou na identificação e no resgate de cinco pessoas. Três adultos e duas crianças, que estavam isoladas numa fazenda, foram transportados para Casamicciola.
A ilha de Ischia, voltada para o Golfo de Nápoles, registou na noite de sexta-feira para sábado chuvas torrenciais que causaram inundações e um grave deslizamento de terra pelo município de Casamicciola, na sua parte norte.
Uma parte de uma montanha cedeu e atingiu várias casas da localidade, que estão a ser revistadas com grande esforço e dificuldade das equipas de emergência, reforçadas com unidades vindas de Nápoles e de outros pontos, assim como das Forças Armadas.
A ilha de Ischia é um dos principais destinos turísticos da Itália durante o verão e faz parte do arquipélago napolitano, de origem vulcânica e com declives acentuados, razão pela qual costuma sofrer este tipo de deslizamento de terra. A última tinha sido em 2009.
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