Mario Ferri, o homem que invadiu o jogo de Portugal frente ao Uruguai na noite de segunda-feira, ajudou refugiados ucranianos que estavam a abandonar o país em março, pouco tempo após o início da invasão russa.
Segundo revelou o conselheiro do Ministério do Interior da Ucrânia, Anton Gerashchenko, Ferri, “em março de 2022, ajudou a retirar mulheres e crianças ucranianas na fronteira com a Polónia”.
Num vídeo, divulgado nas redes sociais e que pode ver na galeria acima, é possível ver o homem a distribuir chocolates e comida dentro de um autocarro.
Mario Ferri invadiu o campo do estádio Lusail, no Campeonato mundial do Qatar, com uma bandeira LGBTQIA+ e uma camisola onde se lia: “Salvem a Ucrânia” e “Respeitem as Mulheres Iranianas”.
O homem, conhecido em Itália como ‘Il Falco’ [O Falcão], é, segundo a imprensa internacional, um jogador de futebol italiano, de 35 anos.
Esta não foi a primeira vez que Ferri invadiu o campo de um Mundial. Em 2010, na África do Sul, interrompeu o jogo entre a Alemanha e Espanha. Na altura, usou uma cadeira de rodas para ficar mais próximo do campo e, consequentemente, facilitar a invasão. Foi detido, mas acabou por ser libertado apenas com uma multa.
Já em 2014, no Mundial do Brasil, invadiu um jogo entre a Bélgica e os Estados Unidos da América (EUA), onde pedia apoio para as crianças das favelas brasileiras.
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