Decide-se, esta sexta-feira, o destino do presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa. O Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês) reúne para discutir o futuro da presidência, à qual o atual líder sul-africano chegou em 2018, e que está 'por um fio' após ter sido acusado de encobrir um roubo na sua quinta de Phala Phala.
Na quinta-feira, Ramaphosa cancelou todas as aparições públicas, numa altura em que aumenta a pressão para impugnar o chefe de Estado.
“É muito, muito difícil para ele sobreviver”, disse William Gumede, presidente da fundação cívica Democracy Works, citado pelo Financial Times. Ramaphosa precisaria de lutar para sobreviver, garantiu, mas “ele não é realmente um lutador focado... essa tem sido a frustração da sua presidência".
O sindicalista, que tomou as rédeas do ANC há cinco anos, vê-se agora em dificuldades, depois de um painel que investigou um escândalo sobre um roubo na sua quinta de Phala Phala ter concluído, em relatório publicado na quarta-feira, que “houve uma decisão deliberada de manter a investigação em segredo”.
O mesmo painel concluiu ainda que, na quinta, encontravam-se mais do que os 585 mil dólares que foram reportados como roubados.
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