Novos relatórios militares mostram imagens de um pequeno grupo de soldados que atravessaram as águas em embarcações e alcançaram um pequeno porto na margem oriental do rio Dnieper, onde içaram a bandeira ucraniana.
Segundo o Instituto do Estudo da Guerra norte-americano, se este avanço se confirmar as tropas ucranianas poderiam começar a operar na margem oriental.
No entanto, o mesmo instituto realça que não é claro que as tropas russas se tenham retirado daquela margem.
Uma fonte militar ucraniana, citada pela agência Ukrinform, assegura que o porto de onde foi içada a bandeira servirá como ponto para iniciar a recuperação da margem oriental do Dnieper.
A diretora dos Serviços Secretos Nacionais, Avril Haines, afirmou hoje que os combates na Ucrânia estão a decorrer de forma mais lenta, numa altura em que acredita que os dois lados irão aproveitar o momento para se reajustar e reabastecer para uma possível contraofensiva de Kiev na primavera.
"Mas temos uma boa dose de ceticismo quanto ao facto de os russos estarem ou não preparados para isso", referiu Avril Haines, no sábado, salientando que está mais otimista quanto ao lado ucraniano nos próximos meses.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.655 civis mortos e 10.368 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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