Alhaji Suleiman Habibu, líder comunitário na aldeia de Maigamji, na cidade de Funtua, disse à que os atacantes invadiram a mesquita durante a oração da noite ("Isha") por volta das 20:00 horas locais (19:00 em Portugal continental).
"Muitos fiéis correram para ficarem a salvo durante o ataque. Infelizmente, dez pessoas foram mortas a tiro, incluindo o imã Alhaji Yishau", afirmou Habibu por telefone, segundo o qual um número não especificado de pessoas foi raptado.
Segundo Usman Ali, outro residente, os atacantes chegaram em motas, "cercaram a mesquita e começaram a disparar" sobre as pessoas no local. "Alguns fiéis conseguiram escapar, mas o imã e outros foram mortos. Dez corpos foram recuperados da mesquita e foram enterrados", acrescentou.
Um terceiro vizinho, Lawal Maigamji, confirmou o assalto e alegou que 18 cidadãos terão sido raptados. "O imã e alguns fiéis foram mortos. Os atacantes também levaram 18 pessoas. Esperamos que voltem em segurança", confessou.
Numa declaração, o porta-voz da Polícia de Katsina, Gambo Isah, relatou hoje o incidente, mas disse que apenas duas pessoas ficaram feridas. "Os terroristas também raptaram algumas pessoas nessa noite, mas uma equipa mista de polícias e vigilantes (trabalhando com as forças de segurança) resgatou duas vítimas" e quatro outras no domingo, segundo o porta-voz.
Contudo, é habitual a polícia reter o número real de vítimas de ataques desta natureza para dar a impressão de menor gravidade em termos da insegurança que assola o país. Os estados centrais e noroeste da Nigéria sofrem ataques frequentes.
A violência continua no país, apesar das repetidas promessas do Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, de acabar com o problema e de destacar forças de segurança adicionais para aquela região.
Em meados de novembro, grupos criminosos raptaram quase uma centena de pessoas em várias cidades do estado de Zamfara, bem como em aldeias mais pequenas.
Este sentimento de insegurança cresceu desde 2009 devido ao grupo jihadista Boko Haram, no nordeste da Nigé, e desde 2016 pelo seu descendente, o Estado islâmico na província da África Ocidental (ISWAP).
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