Nova onda de ataques russos mata pelo menos duas pessoas em Zaporijia
Pelo menos duas pessoas morreram na sequência de ataques de mísseis russos a várias zonas da Ucrânia, incluindo na região de Zaporijia, onde está localizada a maior central nuclear do país, afirmaram as autoridades ucranianas.
© Metin Aktas/Anadolu Agency via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
As sirenes de alerta de bombardeamentos voltaram a soar em várias partes da Ucrânia, esta manhã, depois de vários mísseis russos terem caído no sul do país, com alguns a serem destruídos pelas defesas antiaéreas.
O governador da região de Zaporijia, Oleksandre Staroukh, informou que pelo menos "duas pessoas morreram e duas ficaram feridas" depois de os mísseis terem atingido casas de habitação na vila de Novossofivka.
Vários prédios foram destruídos, de acordo com fontes militares da região de Zaporijia, e um porta-voz do gabinete da autarquia já tinha relatado anteriormente sucessivas explosões nos arredores da cidade.
Em Kyiv, os alertas antiaéreos foram ativados hoje de manhã e as autoridades locais pediram à população para procurar abrigos.
O chefe da administração militar regional, Oleksi Kuleba, também pediu para que não sejam divulgadas informações sobre a situação na capital ucraniana nas redes sociais, aconselhando a que sejam seguidas escrupulosamente as indicações das fontes oficiais.
Os ataques russos estão a atingir várias outras regiões da Ucrânia, incluindo cidades como Odessa, Cherkasy e Kryvy, que estão a danificar sobretudo as infraestruturas energéticas, obrigando a novos cortes de eletricidade.
O porta-voz do Comando da Força Aérea ucraniana, Yuri Ignat, disse temer novas vagas de ataques da Rússia contra infraestruturas críticas, como as que têm ocorrido desde meados de outubro.
Ignat referiu o lançamento de vários mísseis terrestres a partir do sul da Rússia, bem como a partir de navios nos mares Cáspio e Negro.
Também o vice-chefe do gabinete da presidência ucraniana, Kyrylo Tymoshenko, escreveu na sua conta da rede social Telegram que "o inimigo está a atacar novamente o território", reportando alertas de ataques aéreos em várias partes do país.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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