Após vários ataques em diferentes cidades da Ucrânia, ocorridos esta segunda-feira, a Casa Branca reagiu, referindo que os últimos ataques russos são um “lembrete da brutalidade do presidente russo, Vladimir Putin”.
As declarações são do porta-voz da segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, aos jornalistas, citado pela agência Reuters.
O responsável norte-americano acrescentou ainda que o limite máximo do preço do petróleo não vai ter impacto a longo prazo nos preços globais.
Recorde-se que as Forças Armadas russas lançaram esta segunda-feira uma nova vaga de ataques em várias regiões da Ucrânia, de acordo com as autoridades ucranianas, que confirmaram a ativação de alarmes antiaéreos em todo o território.
Entre as zonas afetadas estão Zaporíjia, Odessa, Cherkasi, Kharkiv, Dnipropetrovsk e Poltava.
No discurso habitual diário de domingo, o presidente Volodymyr Zelensky afirmou que "o inimigo espera realmente usar o inverno contra nós: fazer do inverno frio e das dificuldades parte do seu terror".
"Temos de fazer de tudo para aguentar este inverno, por mais difícil que seja. E vamos aguentar. Suportar este inverno é defender tudo", afirmou o líder ucraniano, que pediu mais união do que nunca ao povo ucraniano, elemento essencial para "suportar" e ultrapassar as temperaturas gélidas que por lá se fazem sentir nesta altura.
A operadora estatal de eletricidade ucraniana Ukrenergo informou que o país registou um novo corte geral no fornecimento de eletricidade no contexto de uma situação que "permanece complicada".
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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