Brasil pede unidade e respeito aos tratados fundadores do Mercosul
O Brasil pediu hoje respeito aos tratados fundamentais do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e à unidade dos países-membros ao mesmo tempo em que expressou sua intenção de iniciar negociações externas que beneficiem os seus membros juntos.
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Mundo Brasil
"É fundamental observar os princípios fundamentais do nosso processo de integração. Estamos dispostos desde o Brasil a discutir em diferentes modalidades de negociação nas instâncias pertinentes dentro do bloco e sempre observando o cumprimento de nossos tratados fundamentais e a regra do consenso, buscando soluções que atendam aos interesses de todos", afirmou o vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão.
Mourão substituiu o Presidente cessante, Jair Bolsonaro, e fez estas declarações em Montevideu no âmbito da LXI Cimeira de Presidentes do Mercosul, onde também destacou que só assim o bloco regional poderá desenvolver uma visão comum baseada no equilíbrio indispensável dos compromissos internos e externos.
"Os problemas derivariam das negociações individuais, inclusive quanto ao impacto de outros acordos externos que já estão sendo discutidos, bem como o regime de origem do comércio intrazona", disse o vice-presidente brasileiro.
"Esses resultados positivos em nossas relações externas só foram possíveis porque conseguimos trabalhar juntos e transmitir uma mensagem clara de que estamos unidos neste projeto conjunto chamado Mercosul", continuou.
Mourão insistiu no apelo à união e à preservação da fluidez do comércio interno entre os países-membros do Mercosul, algo pelo qual disse que as nações "tanto trabalharam", e destacou que os sócios do Brasil no bloco - Argentina, Uruguai e Paraguai - devem prestar atenção para que as ações contribuam sempre para fortalecer o diálogo interno.
Essas declarações foram feitas após o Presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, anunciar que o seu país "precisa e tem vocação para se abrir ao mundo".
"Claro que, se formos em grupo, é muito melhor. Claro, se oferecermos ao mundo um mercado como o dos quatro países, teremos um poder de negociação muito maior. É isso que buscamos", afirmou Lacalle Pou, no seu discurso.
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