Rússia atacou mais de 1.000 vezes rede elétrica ucraniana
Oito ondas de ataques aéreos russos contra infraestruturas críticas acabaram por danificar a rede elétrica do país.
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
A Rússia disparou mais de mil 'rockets' e mísseis contra a rede elétrica da Ucrânia, segundo avançou fonte da companhia de eletricidade Ukrenergo à agência de notícias Interfax Ucrânia, citada pela Reuters.
Volodymyr Kudrytsky, presidente do conselho de administração da Ukrenergo, afirmou, numa reunião organizada pelo Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento, que os funcionários da companhia continuam numa procura mundial pelo equipamento necessário para fazer reparos nas infraestruturas e a negociar "com centenas de empresas espalhadas pelo globo", para um fornecimento de materiais o mais rápido possível.
"Estes ataques representam o maior golpe para uma rede elétrica que a humanidade já viu. Mais de 1.000 'rockets' e foguetes foram disparados contra instalações e linhas elétricas, incluindo subestações", disse Kudrytsky, citado pela Reuters.
De acordo com o responsável, trataram-se de um total de oito ondas de ataques aéreos russos contra infraestruturas críticas, que danificaram seriamente a rede elétrica e levaram a interrupções de emergência, além das planeadas, em todo o país.
"Apesar de o consumo ter diminuído de 25% para 30%, face ao período anterior à guerra, o défice de capacidade de produção é maior, pelo que temos um défice de eletricidade no sistema bastante grave", adiantou o responsável.
Parte do plano para garantir o abastecimento é criar um mecanismo para importar eletricidade da União Europeia (UE), explicou ainda.
"Devido à diferença nos preços da eletricidade na Ucrânia e na Europa, é necessário desenvolver um mecanismo especial que esteja preparado para comprar eletricidade a preços europeus", afirmou.
Recorde-se que a energia continua a ser desligada na maior parte das cidades e distritos, uma vez que o sistema energético não está na sua capacidade máxima, e, segundo adiantou o presidente da Ucrânia, "a partir desta noite, o maior número de paralisações está em Kyiv [cidade] e região, na região de Lviv, na região de Zhytomyr, na região de Khmelnytskyi, na região de Poltava, e na região de Vinnytsia e Zakarpattia".
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