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Espírito da Ucrânia? "Trata-se do desejo natural de viver e cuidar"

O presidente ucraniano agradeceu à revista TIME, após ter sido eleito 'Personalidade do Ano', juntamente com o "espírito da Ucrânia".

Espírito da Ucrânia? "Trata-se do desejo natural de viver e cuidar"

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu à conceituada TIME, que o elegeu a si e ao “espírito da Ucrânia” como ‘Personalidade do Ano’. O anúncio foi revelado na quarta-feira e, para o editor-chefe da publicação, Edward Felsenthal, a escolha “nunca tinha sido tão clara”.

“É para mim uma honra representar a luta dos ucranianos e do Espírito da Ucrânia. O espírito de liberdade, que ecoa nas almas de tantas pessoas em todo o mundo. Histórias de heróis, que lutam pela independência, são também as vossas histórias”, começou por afirmar Zelensky no seu discurso na entrega do prémio, citado pela presidência da Ucrânia.

O chefe de Estado lembrou todos os “homens e mulheres comuns, que se tornaram corajosos, quando se juntaram às Forças de Defesa para defender a liberdade”, os médicos, “que salvam os feridos debaixo de bombas, durante apagões ou em ocupações, custe o que custar” e os agricultores, “que trabalham a terra sob as armas”. “Trata-se do desejo natural de viver e cuidar das próprias famílias e comunidades”, considerou.

Zelensky destacou ainda os jornalistas por “espalharem a verdade” e os advogados, “que ainda não veem a próxima vitória na guerra, mas já estão a trabalhar para assegurar que os criminosos de guerra sejam levados à justiça”.

“Esta é a história dos Julgamentos de Nuremberga com muitos outros veredictos justos, que foram entregues àqueles que acreditavam na sua impunidade”, frisou. “Quando a liberdade vence e a tirania desaba, as pessoas sorriem da mesma maneira em todo o mundo”.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e mais de dez mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

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