Uma sondagem do jornal USA Today e da Universidade de Suffolk, divulgada hoje, confirma que a popularidade de Trump entre os eleitores e simpatizantes do Partido Republicano está em declínio, embora as políticas que o magnata aplicou enquanto Presidente (2017-2021) não estejam.
Apenas 31% dos republicanos inquiridos, eleitores ou simpatizantes, concordam com a candidatura do ex-Presidente à indicação republicana em 2024, por enquanto a única apresentada oficialmente. No entanto, 61% prefeririam que outro candidato assumisse para continuar com as políticas de Trump.
O favorito entre os outros possíveis candidatos republicanos é o governador da Florida, que lidera Trump com 56% de apoio contra 33%, ou seja, 23 pontos à frente.
"Republicanos e conservadores independentes querem cada vez mais o 'trumpismo' sem Trump", sublinhou David Paleologos, diretor do Centro de Investigação Política da Universidade de Suffolk, citado num comunicado publicado pelo USA Today.
O inquérito foi realizado na semana passada com duas amostras: uma de mil eleitores registados por telefone, móvel e fixo, com margem de erro de mais/menos 3,1 pontos, e outra de 374 eleitores republicanos ou independentes com ideias conservadoras, com margem de erro de mais/menos 5,1 pontos.
No caso da primeira amostra, Biden, que ainda não anunciou se é ou não candidato à reeleição, lidera Trump com 47% face aos 40% nas intenções de voto para as eleições de 2024.
Porém, se o duelo fosse com DeSantis, o atual chefe de Estado perderia por quatro pontos (43% contra 47% do republicano).
O governador da Florida, que conquistou um novo mandato de quatro anos com quase 60% dos votos nas eleições intercalares de novembro, é uma estrela em ascensão no Partido Republicano.
Nos quatro anos desde que concorreu a governador com o apoio de Trump em 2018 e venceu por pouco o democrata Andrew Gillum, DeSantis quebrou as fronteiras da Florida através das suas políticas conservadoras.
Em sentido contrário, Trump tem enfrentado desaires judiciais em diversos campos, inclusive na gestão do seu grupo de empresas.
O ex-Presidente está também marcado pela invasão do Capitólio pelos seus apoiantes, em janeiro de 2021, quando estes procuraram impedir a certificação da vitória eleitoral de Biden nas presidenciais de 2020.
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