O homem acusado de atacar o marido de Nancy Pelosi, presidente demissionária da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América (EUA), com um martelo, no passado mês de outubro, disse à polícia que havia “maldade em Washington” e que queria prejudicar Pelosi por ser a segunda figura do estado norte-americano.
Segundo testemunhou, durante uma audiência preliminar nesta quarta-feira, uma investigadora da polícia de São Francisco, o suspeito, David DePape, invadiu a residência do casal Pelosi, a 28 de outubro, com o objetivo de raptar a presidente da Câmara dos Representantes. Após não ter encontrado Nancy Pelosi, que se encontrava fora da cidade de São Francisco, o agressor espancou o marido, Paul Pelosi, de 82 anos.
“Há mal em Washington, o que eles fizeram foi muito além da campanha”, disse DePape à investigadora Carla Hurley, de acordo com o seu testemunho, citado pela imprensa internacional.
O homem terá também dito a Paul Pelosi que queria falar com a presidente da Câmara dos Representantes por ser “a segunda na fila da presidência”.
A investigadora revelou ainda que, quando questionou DePape no dia do ataque, este lhe disse que tinha também como alvos o governador da Califórnia, Gavin Newsom, o ator Tom Hanks, e o filho do presidente Joe Biden, Hunter Biden.
O suspeito declarou-se inocente de todas as acusações federais e estatais, que incluem tentativa de homicídio, roubo e abuso de idosos.
Paul Pelosi foi atacado na noite de 28 de outubro quando se encontrava na sua residência familiar, em São Francisco, no estado da Califórnia. Segundo o que foi adiantado na altura pelas autoridades, o agressor irrompeu pela casa gritando "Onde está a Nancy?! Onde está a Nancy?!", mas esta encontrava-se em Washington D.C..
Em meados de novembro, Nancy Pelosi anunciou que iria deixar a liderança do Partido Democrata na Câmara dos Representantes, depois de as eleições intercalares norte-americanas terem ditado que os democratas perderam o controlo da câmara baixa do Congresso para os republicanos.
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