O Vaticano classificou este gesto como uma "doação" do Papa a Jerónimo II, o arcebispo cristão ortodoxo de Atenas e toda a Grécia, "como sinal do seu desejo sincero de seguir no caminho ecuménico da verdade".
O Vaticano torna-se assim o último estado ocidental a devolver os seus fragmentos dos mármores do Pártenon, deixando o Museu Britânico entre os que ainda mantêm.
O comunicado do Vaticano sugere que a Santa Sé quis deixar claro que a devolução dos mármores do Estado do Vaticano à Grécia não é uma decisão bilateral, mas sim uma doação de inspiração religiosa.
As esculturas são restos de um friso de 160 metros de comprimento que corria à volta das paredes exteriores do Templo do Parthenon na Acrópole, dedicado a Atena.
Grande parte do monumento perdeu-se num bombardeamento do século XVII, e cerca de metade das restantes obras foram removidas no início do século XIX por um diplomata britânico, Lord Elgin.
O Museu Britânico comprometeu-se recentemente a não desmontar a sua coleção, na sequência de um relatório, segundo o qual o presidente da instituição teria mantido conversações secretas com o primeiro-ministro grego sobre a devolução das esculturas, também conhecidas como os Mármores de Elgin.
O Pártenon foi construído entre 447-432 a.C. e é considerado a coroa da arquitetura clássica. O friso retratava uma procissão em honra de Atena. Alguns pedaços pequenos desse friso - e outras esculturas do Pártenon - encontram-se noutros museus europeus.
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