O ex-oficial das Forças Armadas alemão, de 64 anos, foi alvo de um mandado europeu emitido pela Alemanha e com base no qual foi detido no dia 7 de dezembro num hotel em Ponte San Giovanni, perto de Perugia, informam as agências italianas ANSA e ADNKronos.
A Procuradoria-Geral da Alemanha tinha pedido às autoridades italianas e austríacas a extradição de dois dos extremistas alegadamente ligados ao grupo de extrema-direita 'Reichsbürger' (Cidadãos do Reich), que planeava realizar um golpe de Estado no país.
Os dois suspeitos foram na altura identificados apenas como Maximilian E. e Frank H. e estavam detidos em Itália e na Áustria, respetivamente.
As autoridades italianas foram alertadas para a chegada do indivíduo ao país e estavam a vigiá-lo, tendo procedido à detenção logo que o mandado europeu foi emitido.
Pelo menos 25 suspeitos, incluindo a ex-deputada do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) Birgit Malsack-Winkemann, foram detidos por ligações ao grupo, que segue um conjunto de teorias da conspiração e foi qualificado como terrorista pelo governo.
Os detidos pertencem a uma organização cujos alegados líderes foram identificados como 'Ruediger' e 'Príncipe Henrich XIII', este último bisneto de Guilherme II da Alemanha, o último imperador alemão e rei da Prússia, que foi forçado a abdicar em 1918 após a Primeira Guerra Mundial.
Segundo as autoridades alemãs, os suspeitos, todos membros do movimento de extrema-direita Cidadãos do Reich, negam a legitimidade não só do governo como da atual Constituição da Alemanha.
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