"O quadro global sob a biodiversidade é o ponto de viragem de que precisávamos para combater a crise da biodiversidade", declarou aos jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.
Qualificou o acordo como "radical e ambicioso" e disse esperar que "o trabalho duro feito neste contexto se traduza em resultados concretos".
Ned Price declarou-se "sensível" ao trabalho diplomático da China, presidente da COP15, e do Canadá, país que recebe a conferência.
"Esperamos que isto suscite uma cooperação mais aprofundada com a China em desafios comuns", acrescentou.
Os EUA são o único país membro da ONU que não ratificou a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB). Não obstante, têm um papel de observador especial e contribuem para o Fundo Mundial para o Ambiente destinado aos países em desenvolvimento.
Ao fim de quatro anos de negociações difíceis, 10 dias e uma noite de maratona diplomática, mais de 190 Estados chegaram a um acordo na segunda-feira para procurar travar a destruição da biodiversidade e dos seus recursos.
Este "pacto de paz com a Natureza" é designado "Acordo de Kunming-Montréal". Visa proteger as terras, os oceanos e as espécies da poluição, da degradação e da rutura climática.
Os países chegaram a acordo sobre um calendário para proteger 30% do planeta até 2030 e mobilizar 30 mil milhões de dólares de ajuda anual para a biodiversidade nos países em desenvolvimento.
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