Talibãs paquistaneses mantêm reféns pelo 3.º dia numa esquadra de polícia
Um grupo de talibãs paquistaneses mantêm sequestrados pelo terceiro dia consecutivo elementos da polícia e do Exército numa esquadra em Bannu perto da fronteira com o Afeganistão.
© Karim ULLAH / AFP) (Photo by KARIM ULLAH/AFP via Getty Images)
Mundo Bannu
Face à situação, as autoridades ordenaram o encerramento das escolas da zona por receio de novos sequestros.
No domingo, mais de 30 elementos do grupo Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP) que se encontravam presos por suspeita de terrorismo apoderaram-se das armas dos agentes do local onde se encontravam tomando como reféns polícias e militares dos serviços de informações.
A esquadra de polícia onde os talibãs mantêm sequestrados os elementos dos corpos de segurança fica situada em Bannu, na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do Paquistão.
O TTP já reivindicou a tomada de reféns e exige entrar no Afeganistão em troca da libertação de pelo menos oito agentes da polícia e de elementos dos serviços de informações, disse Muhammad Ali Saif, porta-voz do governo provincial.
Vários postos de controlo foram instalados nas estradas junto da esquadra de Bannu, condicionando o trânsito rodoviário na zona de fronteira com o território afegão.
"Receamos que outros elementos do grupo talibã possam entrar numa qualquer escola da zona e levar reféns. Não queremos correr riscos e, por isso, decidimos encerrar as escolas", disse à France Presse, um alto responsável do governo que pediu anonimato.
De acordo com a mesma fonte, as autoridades paquistanesas pediram ajuda ao governo de Cabul no sentido da libertação dos reféns.
O grupo TTP, distinto dos talibãs do Afeganistão mas unidos pela mesma ideologia, tinha firmado um acordo de cessar-fogo no passado dia 28 de novembro com o Executivo de Islamabade.
Entretanto, em Wana, povoação a cerca de 200 quilómetros a sul de Bannu, pelo menos 50 talibãs do TTP atacaram um posto de polícia.
O TTP já reivindicou o ataque mas o governo do Paquistão não confirmou as informações.
O grupo foi formado em 2007 e manteve-se particularmente ativo até 2014 em todo o território paquistanês tendo ressurgido após a tomada do poder do Afeganistão, pelos talibãs, em agosto do ano passado.
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