O Japão prepara-se, conforme anunciou na semana passada, para duplicar o seu investimento na defesa nacional, garantindo ter uma capacidade de "contra-ataque" e reforçando a sua proteção perante ameaças que poderão vir da China e da Coreia do Norte.
Quem não gostou do anúncio foi, no entanto, Pyongyang, que ameaçou tomar “medidas militares ousadas e decisivas” contra Tokyo se continuar o seu projeto de armamento e reforço defensivo.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte disse, em comunicado citado pela Associated Press (AP), que o esforço do Japão para adquirir capacidade de contra-ataque não tem nada a ver com autodefesa, mas sim com uma tentativa clara de adquirir “capacidade de ataque preventivo destinada a lançar ataques em territórios de outros países”.
“A tola tentativa do Japão de saciar a sua ganância de coração negro – a construção da sua capacidade de invasão militar com o pretexto de um exercício legítimo de direitos de autodefesa – não pode ser justificada e tolerada”, disse um porta-voz não identificado do ministério em comunicado veiculado pelos meios de comunicação estatais.
“O nosso país continuará a tomar medidas para mostrar o quanto estamos preocupados e descontentes com a tentativa injusta e gananciosa do Japão de realizar as suas ambições”, pode-se ainda ler no mesmo, acusando os Estados Unidos de apoiar este plano japonês e ameaçando tratar-se de medidas militares "ousadas e decisivas” necessárias para proteger a sua soberania e interesses nacionais.
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