Os jornalistas referiram que o seu veículo foi visado pelas forças russas "intencionalmente", mas que tinham conseguido fugir em segurança.
Um projétil "danificou o carro, ficámos presos debaixo de fogo antes de conseguirmos fugir em segurança, perdi algum sangue mas a ferida é ligeira", disse o repórter Claudio Locatelli num vídeo com o colega Niccolò Celesti.
"Se eu tivesse aberto a porta, teria perdido uma perna ou pior", disse Locatelli.
"O carro está bem sinalizado, como transportando jornalistas. O ataque contra nós, considerando o local e a dinâmica, foi intencional", adiantou o jornalista italiano.
"Os disparos vieram da margem do outro lado do rio Dnieper, onde se encontra o exército russo", referiu o repórter.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Leia Também: Governo espanhol dá 7,5 milhões de euros para candidatura ao Mundial'2030