Uma subsidiária local da energética russa Gazprom disse, esta terça-feira, que apesar da explosão fatal que se registou numa secção do gasoduto Urengoi-Pomary-Uzhhorod, em território russo, o gás está a ser fornecido na totalidade aos clientes através de gasodutos paralelos, reporta a Reuters.
"A secção danificada do gasoduto foi rapidamente identificada. O gás está a ser transportado na totalidade para os consumidores através de gasodutos paralelos", explicou a Gazprom Transgaz Nizhny Novgorod, numa declaração.
De acordo com a informação avançada pelas autoridades locais na rede social Telegram, o fluxo de gás através da secção 'Urengoy-Tsentr-2' do gasoduto Urengoi-Pomary-Uzhhorod, que transporta gás do Ártico russo para a Europa Central, por via da Ucrânia, foi interrompido pelas 13h50, hora local (10h50 em Portugal Continental). Uma chama de gás numa das extremidades do tubo foi extinta pouco depois.
Recorde-se que a explosão, que ocorreu perto de Kalinino, no centro da Rússia, matou três pessoas e ameaçou causar perturbações no fornecimento de gás russo que ainda tem como destino a Europa, apesar das sanções económicas impostas pela União Europeia.
O governador da região de Chuvashia, Oleg Nikolayev, explicou em declarações à televisão estatal russa que as três vítimas mortais eram trabalhadores da referida subsidiária da Gazprom, ao passo que um outro, um motorista, estava em choque na sequência da explosão. A mesma fonte explicou ainda que as autoridades estão a tentar solucionar o problema do fornecimento de gás por via da secção do gasoduto afetada pelo incidente.
O gasoduto, que foi construído na década de 1980, trata-se atualmente da principal rota usada para a transferência de gás russo para a Europa.
De recordar que os preços do gás destinado à Europa subiram este ano, após a Rússia ter cortado as exportações por via do seu principal gasoduto báltico com destino à Alemanha. Restam, portanto, os gasodutos que passam por território ucraniano, para ligar a Rússia ao resto da Europa no que a esta temática diz respeito.
A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, provocou um total de 6.755 civis mortos e 10.607 feridos, segundo os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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