O Capitólio dos Estados Unidos está a preparar-se para receber, já esta quarta-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no âmbito daquilo que será uma sessão conjunta do Congresso a decorrer esta semana, de acordo com a informação avançada pela Axios.
Em causa está aquela que será a primeira visita oficial ao estrangeiro do chefe de Estado ucraniano desde o início da guerra no país, que teve início a 24 de fevereiro.
Embora os detalhes acerca desta visita ainda não tenham sido ultimados, sabe-se já que a Polícia do Capitólio está a reforçar a segurança para que essa potencial visita possa mesmo acontecer, revelaram fontes contactadas pelo órgão de comunicação social norte-americano citado.
Ainda assim, uma outra fonte explicou que a concretização efetiva desta viagem está dependente de questões de segurança.
A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, emitiu entretanto uma carta endereçada aos congressistas, que reforçam as suspeitas a este propósito. Nela, pediu a "todos os membros para estarem fisicamente presentes na sessão de quarta-feira à noite", desvendando aquele que considera que será um evento "muito especial para a democracia" e que deverá envolver um discurso do presidente ucraniano.
Tudo aponta para que, durante a sua passagem por território norte-americano, Volodymyr Zelensky agradeça aos legisladores do país pelos sucessivos pacotes de apoio aos esforços de defesa da Ucrânia, e para que venha a apresentar novos argumentos que sustentem a necessidade de novos financiamentos.
Segundo a AFP, a imprensa norte-americana destaca ainda que Volodymyr Zelensky poderá vir a reunir-se com o homólogo norte-americano, Joe Biden, na sua estadia em Washington.
De recordar que os Estados Unidos têm sido, efetivamente, um dos principais aliados da Ucrânia na guerra contra a Rússia, tendo participado ativamente no envio de apoio financeiro, humanitário e militar às tropas no terreno.
A guerra na Ucrânia, que dura há praticamente dez meses, provocou um total de 6.755 civis mortos e 10.607 feridos, segundo os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
[Notícia atualizada às 22h45]
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