Zelensky nos EUA. O que se espera da 1.ª saída do presidente da Ucrânia?

Chefe de Estado ucraniano é esperado, esta quarta-feira, em Washington, nos Estados Unidos, naquela que será a sua primeira viagem para fora de solo ucraniano desde que a guerra se iniciou.

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Notícias ao Minuto com Lusa
21/12/2022 10:38 ‧ 21/12/2022 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Volodymyr Zelensky

Volodymyr Zelensky estará, esta quarta-feira, em Washington, nos Estados Unidos, onde irá visitar a Casa Branca, falar pessoalmente no Congresso e manter reuniões bilaterais com responsáveis norte-americanos. Trata-se da primeira viagem que o chefe de Estado Ucraniano faz para fora de solo ucraniano desde que a guerra irrompeu no seu país. 

Por esta razão, impõe-se questões. Porquê? O que se pode esperar da viagem? O presidente da Ucrânia revelou, na rede social Twitter, que está já de viagem para os Estados Unidos. "A caminho dos EUA para fortalecer a resiliência e as capacidades de defesa da Ucrânia", escreveu.

"Em particular", adiantou ainda, apontou que iria discutir com o homólogo Joe Biden "a cooperação entre a Ucrânia e os Estados Unidos". "Farei também uma declaração no Congresso e [terei] diversas reuniões bilaterais", sublinhou.

Por sua vez, também o 'lado' norte-americano confirmou a visita, com o presidente dos Estados Unidos a revelar que Zelensky irá à Casa Branca antes de participar numa sessão conjunta no Congresso norte-americano. Já Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes, enviou uma carta aberta ao chefe de Estado ucraniano onde o convidou a discursar pessoalmente no Congresso

Os presidentes da Ucrânia e dos Estados Unidos deverão encontrar-se às 14 horas de Washington, 19 horas em Portugal. A informação é avançada pela Ria Novosti. De acordo com a agência, a conferência de imprensa deverá decorrer às 16h30 de Washington, 21h30 de Lisboa. 

O que se pode esperar da viagem?

Em solo norte-americano, é esperado que Volodymyr Zelensky agradeça aos legisladores dos Estados Unidos pelos sucessivos pacotes de apoio aos esforços de defesa da Ucrânia, e que venha a apresentar novos argumentos que sustentem a necessidade de novos financiamentos.

De recordar que responsáveis norte-americanos já disseram que os Estados Unidos, que se preparam para receber hoje o Presidente da Ucrânia, vão enviar nova ajuda militar, incluindo e pela primeira vez, mísseis Patriot, noticiou a agência Associated Press (AP).

Além dos Patriot, o pacote vai conter bombas de precisão para caças, no que representa uma expansão por parte dos EUA do tipo de armamento avançado que vai enviar à Ucrânia para reforçar as defesas aéreas do país contra o que tem sido uma barragem crescente de ataques com mísseis russos.

O pacote, que deverá ser anunciado durante o dia, vai incluir cerca de mil milhões de dólares (942 milhões de euros) em armas dos 'stocks' do Pentágono e mais 800 milhões de dólares (753 milhões de euros) em financiamento através da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia, que financia armas, munições, formação e outros tipos de assistência, acrescentaram as mesmas fontes, citadas pela AP.

O pacote de ajuda também vai contemplar um número não especificado de conjuntos de Munições de Ataque Direto Conjunto, ou JDAM, foguetes para o Sistema de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade, milhares de munições de artilharia, camiões, e mísseis antirradiação HARM ar-terra, disseram os mesmos responsáveis.

Ucrânia diz que garantiu armamento para o próximo ano

A Ucrânia vai receber armas e munições necessárias para todos os meses do próximo ano para lutar contra a invasão russa, disse hoje o ministro da Defesa do governo de Kyiv, Oleksii Reznikov.

Durante um programa especial emitido pelas cadeias de televisão ucranianas, citado pela Interfax-Ucrânia, o responsável pela pasta da Defesa adiantou que a Ucrânia assinou vários contratos com outros países sobre aquisição de armamento durante os próximos meses. 

"A indústria militar norte-americana já está a funcionar. Quero dizer, um dos temas chave de cada reunião sob o 'formato Ramstein' [denominação sobre os encontros da Defesa ucraniana com outros países] é executar as capacidades dos outros países que apoiam a Ucrânia nesta guerra", disse Reznikov. 

"Já se fizeram pedidos, e não apenas aos Estados Unidos mas, também, à Alemanha, França, Eslováquia, República Checa, Roménia e outros países", disse. 

Leia Também: AO MINUTO: Zelensky vai hoje à Casa Branca; "Espírito inquebrável"

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