O porta-voz saudou a proposta de um plano de reconstrução para Gaza formulado esta semana pelos países da Liga Árabe, durante uma cimeira do Cairo.
O plano "constitui uma base séria e fiável para responder hoje às necessidades de reconstrução, governação e segurança após a guerra em Gaza", declarou Lemoine, acrescentando, no entanto, que "este plano deve excluir completamente da governação de Gaza o Hamas, que deverá ser desarmado, fornecendo fortes garantias de segurança a Israel".
Os líderes dos países da Liga Árabe apresentaram na terça-feira, no Cairo, um plano para a reconstrução da Faixa de Gaza e o regresso da Autoridade Palestiniana, apresentado como alternativa ao plano de Donald Trump de colocar o território sob controlo norte-americano, tornando-o uma "Riviera do Médio Oriente".
Os países da Liga Árabe alertaram contra as tentativas "odiosas" de deslocar a população de Gaza, e apelaram para a união dos palestinianos sob a égide da Organização de Libertação da Palestina (OLP), excluindo efetivamente o movimento islamita Hamas, que não é membro daquela entidade.
Acordaram ainda em criar um fundo para financiar a reconstrução de Gaza, destruída por 15 meses de guerra entre Israel e o Hamas, e apelaram para uma contribuição internacional para acelerar o processo.
Segundo o plano - que tanto Israel como os Estados Unidos já consideraram inadequado -, a Faixa de Gaza será administrada durante um período de transição por um comité de tecnocratas palestinianos, antes de a Autoridade Palestiniana retomar o controlo do território.
Na cimeira, o Egito apresentou um plano de 53 mil milhões de dólares (50 mil milhões de euros) em cinco anos, uma estimativa equivalente à da ONU, para reconstruir a Faixa de Gaza.
O início da guerra entre o Hamas e os israelitas aconteceu após o ataque do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, fez mais de 1.200 mortos, a maioria civis, e cerca de 250 reféns. A resposta do exército israelita causou pelo menos 48.405 mortos em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados fiáveis pela ONU.
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