As autoridades desmantelaram um grupo criminoso que cometia burlas, através do arrendamento de apartamentos pela Internet, tendo visado pessoas em todo o território espanhol.

Segundo o Corpo Nacional de Polícia de Espanha, num comunicado divulgado na terça-feira, os agentes detiveram duas pessoas, sediadas em Bilbau, que atuaram em todo o país, e procuram um terceiro suspeito.

De acordo com a mesma nota, foram identificados 15 crimes, apesar de os factos investigados darem conta de cerca de 20 vítimas e fraudes que ascendem a cerca de 40 mil euros.

Os investigados fizeram-se "passar por proprietários de apartamentos, com características ideais, em conhecidas plataformas de compra e venda". Nestas plataformas "publicavam anúncios oferecendo arrendamentos a preços muito atrativos, abaixo dos preços de mercado, mas sem ultrapassá-los para não levantar suspeitas, gerando nas suas vítimas a ideia de que se tratava de uma oportunidade única".

Na hora de formalizar o aluguer, os suspeitos exigiam "o pagamento de um mês adiantado e outro de caução". Além disso, "durante a negociação do preço ou das condições do contrato, as vítimas forneceram dados pessoais e o seu documento de identidade". Desta forma, os detidos "usurparam as suas identidades, usando esses documentos em novas ofertas de arrendamento para cometer outros crimes com os quais lucrar".

Outro tipo de golpe praticado pelo grupo "consistia em entrar em contacto com vendedores de várias plataformas de negociação para comprar produtos que haviam anunciado e que posteriormente revendiam". Primeiro, interessavam-se pelo produto que tinham à venda e, "após acordarem uma transferência bancária como meio de pagamento", manifestavam "a urgência de adquirir o produto", enviando "uma captura de ecrã do comprovativo da transferência", que mais tarde se revelava ser falso.

Dessa forma, dotavam "as compras de credibilidade" e as vítimas enviavam "os itens antes de receber o dinheiro (já que as transferências demoram entre 24 e 48 horas para serem efetivadas)".

Ao verificarem que as operações não era executadas, "os vendedores começaram a desconfiar do golpe, embora não tenham recebido mais nenhuma resposta dos golpistas".

Outra das técnicas utilizadas para cometer os crimes "consistia em acertar a transação económica por meio de uma plataforma de pagamento instantâneo". Nestes casos," em vez de ordenarem o pagamento, faziam um pedido do valor da venda acordado, colocando o conceito "aceite receber o seu dinheiro", de forma a que o vendedor "não percebesse que se tratava de um pedido", sendo ele quem fazia o pagamento.

Em causa estão os crimes de associação criminosa, falsificação de documento, usurpação de identidade e burla.

Foi apreendida uma viatura topo de gama e 660 euros em numerário.

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