O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou aos líderes da indústria de Defesa do país para que assegurem que o exército que se encontra a combater na Ucrânia receberá todo o armamento, equipamento e material militar de que necessita num "espaço de tempo o mais curto possível", reporta a Reuters.
As declarações foram proferidas, esta sexta-feira, no início de uma reunião com funcionários da indústria de Defesa que ocorreu em Tula, um centro de fabrico de armas russo.
"A tarefa chave mais importante do nosso complexo militar-industrial é fornecer às nossas unidades e forças na linha da frente tudo o que eles necessitem: armas, munições e equipamento nas quantidades necessárias e com a qualidade certa, num espaço de tempo o mais curto possível", referiu o chefe de Estado russo.
E acrescentou: "É também importante aperfeiçoar e melhorar significativamente as características técnicas das armas e do equipamento dos nossos combatentes, com base na experiência de combate que adquirimos".
No mesmo encontro, Vladimir Putin disse, perante os principais rostos da indústria russa de Defesa, que desejava ouvir as suas propostas sobre como resolver alguns problemas relacionados com o material que está a ser usado em combate. E pediu, ainda, para que trabalhassem com os militares na linha da frente para possibilitar um aperfeiçoamento regular de armas e equipamento.
As declarações surgem depois de, também esta semana, Vladimir Putin ter dito que o exército russo tinha de aprender com e saber resolver o tipo de problemas sofridos no contexto da guerra na Ucrânia, cujas conquistas no terreno ficam bastante aquém dos objetivos inicialmente estabelecidos.
Por essa razão, o chefe de Estado veio a prometer aos seus soldados todo o material que considerassem necessário para combater e vencer na Ucrânia. Declarou, assim, que o Estado asseguraria a satisfação total das necessidades do exército, sem "restrições de financiamento" - embora tenha defendido que não havia necessidade de "militarizar" a economia.
Segundo a informação avançada por oficiais norte-americanos, dezenas de milhares de soldados russos terão perdido a vida no decorrer desta ofensiva militar.
A guerra na Ucrânia, que completa amanhã 10 meses de duração, provocou mais de 6,7 óbitos entre civis e de 10 mil feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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