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Presidentes da Rússia e da China reúnem-se na sexta-feira por vídeo

Os presidente da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, vão reunir-se por videoconferência na sexta-feira, anunciou hoje o Kremlin (presidência russa).

Presidentes da Rússia e da China reúnem-se na sexta-feira por vídeo
Notícias ao Minuto

11:56 - 29/12/22 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

"Estamos a preparar uma reunião entre o Presidente Putin e o Presidente Xi, que terá lugar amanhã de manhã [sexta-feira, hora local] em Moscovo", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela agência estatal russa TASS.

Peskov disse aos jornalistas que os dois líderes falarão por videoconferência.

"A primeira troca de comentários de boas-vindas será pública, depois, a conversa continuará à porta fechada, porque o equipamento e as comunicações especiais permitem que seja feita", explicou Peskov.

O porta-voz disse que Putin e Xi falarão sobre "as relações bilaterais russo-chinesas" e referiu que o volume de negócios entre Moscovo e Pequim está "a crescer rapidamente".

Disse também que os dois líderes irão "trocar opiniões sobre os problemas regionais mais agudos", tanto os que estão "mais próximos" da Rússia, como os que "estão mais próximos da China".

"No espírito de uma verdadeira parceria estratégica, os nossos líderes irão discutir estes problemas", acrescentou, sem mais pormenores.

Apesar de não ter referido especificamente a guerra na Ucrânia, que a Rússia invadiu em 24 de fevereiro deste ano, ou a questão de Taiwan, a alusão aos "problemas mais próximos" de cada um dos países será uma indicação de que poderão estar na agenda.

A recusa chinesa de condenar a invasão da Ucrânia e de impor sanções à Rússia, como outros países, tem estreitado ainda mais os laços entre Pequim e Moscovo.

Antes da invasão, Putin e Xi reuniram-se em Pequim, em 04 de fevereiro, e divulgaram uma declaração conjunta em que denunciaram a influência dos Estados Unidos e o papel das alianças militares ocidentais na Europa e na Ásia como desestabilizadores.

Nos dias seguintes, a diplomacia chinesa acusou os Estados Unidos de inflamarem a ameaça de guerra com declarações sobre a iminência de uma invasão da Ucrânia pelas tropas russas.

O Ocidente deve "parar de espalhar informações falsas e contribuir mais para facilitar a paz, a confiança mútua e a cooperação", disse um porta-voz chinês em 16 de fevereiro.

Desde o início da guerra, a China tem pedido respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e atenção às "preocupações legítimas de todos os países", numa referência à Rússia.

Xi recebeu o ex-presidente russo Dmitri Medvedev em Pequim, em 20 de dezembro, e disse que a China "sempre manteve uma posição objetiva e justa" em relação à guerra na Ucrânia.

A China e a Rússia concluíram, na quarta-feira, exercícios militares navais anuais, que tinham iniciado uma semana antes, a cerca de 500 quilómetros da costa norte da ilha de Taiwan.

A China reclama a soberania sobre Taiwan, que vive autonomamente desde 1949, e tem ameaçado invadir a ilha se Taipé declarar a independência.

O regime de Pequim rejeita qualquer interferência externa na questão de Taiwan.

Leia Também: Governo russo diz que inflação no país rondará os 12% no final de 2022

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