O diário Shargh anunciou a prisão de um dos seus jornalistas, Milad Alavi, sem especificar as razões para a detenção, contando apenas que foi convocado pelo tribunal e que os agentes de segurança confiscaram o computador e telemóvel da sua casa em 13 de dezembro.
Já Keyvan Samimi, de 73 anos, saiu da prisão de Semnan, a mais de 200 quilómetros a leste de Teerão, depois de ter sido condenado a três anos de prisão por "conspiração contra a segurança nacional", revelou o jornal citado pela agência de notícias espanhola EFE.
O jornalista já tinha sido autorizado a regressar a casa, em fevereiro de 2022, devido a problemas de saúde, mas foi mandado de volta à prisão em maio depois de ter sido acusado de atividades contra a segurança nacional durante a sua libertação temporária, segundo a agência noticiosa Mehr.
Em dezembro, Samimi publicou uma mensagem da prisão em apoio ao movimento de protesto no Irão, que foi desencadeado pela morte de Mahsa Amini, em setembro: A mulher curda iraniana de 22 anos que morreu após ter sido presa pela polícia moral por violar o rigoroso código de vestuário da República Islâmica.
A EFE recorda que Samimi foi preso várias vezes, tanto antes como depois da Revolução Islâmica de 1979.
O jornal publicou em dezembro uma lista dos cerca de 40 jornalistas e fotojornalistas que estão presos no Irão e que estão ligados aos protestos.
No final de outubro, mais de 300 jornalistas e fotojornalistas iranianos criticaram as autoridades numa carta aberta por "prenderem (os seus) colegas e os privarem dos seus direitos", incluindo o "acesso aos seus advogados".
Leia Também: Um morto e 30 feridos em choque de autocarros no aeroporto de Teerão