Rússia avança "sobre cadáveres dos seus próprios soldados" em Bakhmut
Quem o diz é o general Valeriy Zaluzhny, comandante das Forças Armadas da Ucrânia.
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
O general Valeriy Zaluzhny, líder do exército ucraniano, ofereceu uma atualização sobre a situação na cidade de Bakhmut, onde as forças russas continuam a fazer pressão sobre as tropas de Kyiv. Segundo avançou, a situação na linha da frente de combate é particularmente dura na região, reporta o jornal digital Ukrainska Pravda.
Em alguns casos, as tropas russas estão, inclusive, a "avançar sobre os cadáveres dos seus próprios soldados", no decorrer dos seus esforços para conquistar a cidade. Ainda assim, as forças ucranianas na zona estão a conseguir resistir às investidas dos militares do Kremlin, garantiu a mesma fonte.
Recorde-se que Bakhmut tornou-se um alvo-chave para a Rússia, uma vez que se encontra numa linha estratégica de abastecimento entre as regiões vizinhas de Lugansk e Donetsk.
Assim sendo, as tropas de Moscovo esperam que a sua conquista possa fazer da cidade uma plataforma a partir da qual seja possível lançar uma ofensiva mais ampla sobre território ucraniano - numa altura em que os avanços russos no terreno têm sido bastante reduzidos.
Por sua vez, o comandante das Forças Armadas da Ucrânia acrescentou que, por sua vez, as tropas que lidera conseguiram "manter as posições perto de Avdiivka", em Donetsk, "e continuar a conduzir medidas contraofensivas".
E acrescentou: "Estamos a manter as linhas defensivas na frente de combate em Zaporíjia em segurança, e a fazer esforços para proteger a cidade de Kherson dos ataques russos, principalmente a população local e as instalações de infraestruturas críticas".
O general Valeriy Zaluzhny garantiu ainda que a "situação na fronteira com a República da Bielorrússia está totalmente controlada", apesar dos receios de que uma eventual ofensiva possa advir a partir dessa mesma zona fronteiriça.
A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, matou já, pelo menos, 6.884 civis, com outros 10.947 a terem ficado feridos, segundo os cálculos mais recentes da ONU (Organização das Nações Unidas).
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